Vocês certamente conhecem o livro The Social Life of Things: Commodities em Perspectiva Cultural (Cambridge, 1986), de Arjun Appadurai, uma coletânea de textos indispensáveis sobre mercantilização, cultura material e antropologia econômica, em particular, vale a pena ler a excelente introdução que Appadurai faz ao livro e ao tema. O livro foi publicado originalmente em língua inglesa em 1986 e somente em 2008 em língua portuguesa, pela EdUFF.
Esse livro introduz o tema deste post sobre "A Vida Social das Coisas" - Revisitado. Há mais de vinte anos, a coleção editada Arjun Appadurai, trouxe uma grande mudança em nossa perspectiva sobre as coisas materiais em circulação. Um domínio, até então reservado para a economia, foi acessado por antropólogos interessados em pensar sobre as mercadorias e empunhando novas ferramentas conceituais tais como "biografia cultural das coisas" e "política de consumo". No livro Commodification: Things, Agency and identities: The Social Life of Things revisited (2005) alguns dos colaboradores originais de 1986 (Arjun Appadurai e o arqueólogo britânico Colin Renfrew) reuniram-se com outros atuais nomes de destaque (Jean & John Comaroff, Paul & Jennifer Alexander, Roy Dilley, Mike Rowlands, and Herskovits award-winning Nancy Rose Hunt) e com estudiosos da nova geração (Brad Weiss, Rijk van Dijk, Janet Roitman, James Leach, e Irene Stengs) para revisitar a obra e o tema. Juntamente com os editores, Wim van Binsbergenand e Peter Geschiere, essa equipe explora a dinâmica da mercantilização: Coisas, agências e identidades. Desde meados dos anos 1980, o cenário mudou muito, como resultado do fim da Guerra Fria, a globalização e o triunfo do “Mercado”. A ênfase do livro recai sobre o processo através do qual as coisas tornam-se mercadorias, com contribuições empiricamente ricas e analiticamente provocativas. A Introdução extensa Wim van Binsbergen (que também reflete seu trabalho recente na filosofia e de longo alcance na comparação histórica), mostram a mercantilização como uma poderosa ferramenta para a compreensão do mundo moderno. A Mercantilização, entretanto, não esgota a dimensão ontológica das coisas, da agência e das identidades, mas muito ilumina esses três conceitos centrais e, portanto, contribui para o diálogo tão necessário entre a antropologia e economia.
Clique AQUI para ler a introdução do livro e nesse outro link dar uma olhada em seu sumário completo, após esses dois acessos será impossível não correr em busca de todos os textos.
Boas leituras!
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